Com o avanço do ano, o planejamento tributário rural para o segundo semestre de 2025 torna-se uma tarefa indispensável para produtores que desejam fechar o exercício com segurança fiscal, menor carga tributária e maior previsibilidade financeira. Segundo o advogado Dr. Carlos Alberto Arges Junior, especialista em direito agrário e tributário, antecipar decisões ainda no segundo semestre é essencial para aproveitar oportunidades legais, evitar autuações e organizar o patrimônio rural com inteligência.
Em um contexto de mudanças regulatórias, fiscalizações mais rigorosas e custos crescentes na produção agrícola e pecuária, o planejamento tributário não deve ser tratado como uma medida emergencial no fim do ano, mas sim como uma ferramenta estratégica contínua, com ações concretas ao longo de cada semestre.

Por que fazer o planejamento tributário no segundo semestre?
O segundo semestre concentra parte importante do ciclo produtivo, especialmente em propriedades que colhem no início do ano seguinte ou que mantêm atividades permanentes, como pecuária, hortifrúti e irrigados. É nesse período que o produtor pode:
- Reavaliar o regime tributário mais adequado (pessoa física ou jurídica)
- Controlar e ajustar o livro-caixa ou escrituração contábil
- Antecipar ou postergar despesas e receitas conforme a estratégia fiscal
- Aproveitar créditos e compensações
- Estruturar operações societárias ou patrimoniais com vistas à sucessão
De acordo com Dr. Carlos Alberto Arges Junior, tomar essas decisões com base em projeções confiáveis e em tempo hábil permite ao produtor reduzir a carga tributária de forma legal e segura, sem correr riscos de penalidades futuras.
Quais são os principais pontos do planejamento tributário rural?
1. Escolha do regime de apuração: PF ou PJ
O produtor rural pode atuar como pessoa física (livro-caixa) ou jurídica (Lucro Presumido ou Lucro Real). Cada regime possui vantagens e desvantagens, que variam conforme:
- Volume de receitas
- Tipo de atividade (agrícola, pecuária, agroindustrial)
- Custo operacional
- Potencial de investimentos ou expansão
Segundo Dr. Carlos Alberto Arges Junior, muitos produtores continuam no regime de pessoa física por hábito, mas poderiam reduzir sua carga tributária com a formalização de uma empresa rural. Fazer simulações e comparativos ainda no segundo semestre é uma medida que garante tempo hábil para transições planejadas até 2026.
2. Análise e organização do livro-caixa (pessoa física)
Para quem atua como pessoa física, o livro-caixa é a base para apuração do Imposto de Renda. Erros de lançamento, ausência de documentos e má classificação de receitas e despesas podem levar à tributação indevida ou à malha fina.
Dr. Carlos Alberto Arges Junior alerta que, no segundo semestre, é fundamental revisar os lançamentos feitos até o momento, ajustar documentos faltantes e organizar antecipadamente os gastos planejados para os meses finais do ano.
3. Planejamento da receita e da despesa
Antecipar ou postergar despesas (como compra de insumos, combustíveis, manutenção ou contratos de serviços) pode influenciar diretamente a base de cálculo do imposto de renda.
O mesmo vale para receitas: dependendo do momento do recebimento ou do faturamento, é possível planejar a entrada para otimizar o resultado tributável. Isso exige análise técnica, respeito à legislação e apoio contábil e jurídico especializado.
4. Aproveitamento de benefícios fiscais e créditos
O produtor rural pode se beneficiar de diversos incentivos, como:
- Isenção de ICMS em operações internas e interestaduais com determinados produtos
- Créditos de PIS e COFINS na agroindústria
- Benefícios do Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR)
- Compensações tributárias por investimentos em sustentabilidade ou inovação
Segundo Dr. Carlos Alberto Arges Junior, muitos desses benefícios são pouco utilizados por falta de orientação. O segundo semestre é o momento ideal para mapear e aplicar essas oportunidades.
5. Estruturação patrimonial e sucessória com impacto fiscal
O segundo semestre também é indicado para revisar a estrutura patrimonial da propriedade. A constituição de holdings familiares, doações em vida com cláusulas restritivas, reorganização societária e planejamento sucessório têm impacto direto sobre a carga tributária e a proteção do patrimônio.
Conforme explica Dr. Carlos Alberto Arges Junior, essas medidas precisam de tempo para serem executadas com segurança, e não devem ser deixadas para os últimos dias do exercício fiscal.
A importância do suporte jurídico e contábil
Planejar tributos no campo não é apenas uma tarefa do contador. Envolve também o entendimento das regras específicas do direito tributário, do direito agrário e da legislação ambiental e trabalhista.
Por isso, Dr. Carlos Alberto Arges Junior recomenda que o planejamento tributário rural seja feito por uma equipe multidisciplinar, capaz de oferecer segurança jurídica, conformidade fiscal e orientação estratégica.
Conclusão: planejamento é economia, segurança e futuro
Fazer o planejamento tributário rural no segundo semestre de 2025 é agir com inteligência e antecipação. Ao analisar o desempenho do ano, ajustar rotas e tomar decisões estruturadas, o produtor se posiciona melhor para encerrar o exercício com lucro real, carga tributária otimizada e riscos controlados.
Segundo Dr. Carlos Alberto Arges Junior, no agronegócio moderno, quem espera o fim do ano para organizar os tributos já está atrasado. Planejar é proteger, crescer e colher resultados — com menos impostos, mais controle e total conformidade legal.
Instagram: @argesearges
LinkedIn: Carlos Alberto Arges Junior
Site: argesadvogados.com.br
Autor: Usman Inarkaevich